A Europa Protesta contra o Confisco dos Bens Estrangeiros das Congregações em Portugal
Os bens de várias congregações portuguesas estavam em nome de cidadãos britânicos, franceses, alemães, espanhóis, italianos. Os governos destes países protestaram contra o confisco, apesar de não serem católicos: protestavam em nome dos direitos humanos.
Os republicanos achavam o tema sulfuroso e evitavam-no. A notícia seguinte, d’ A Capital de há exactamente cem anos, é uma excepção.
O vespertino republicano não pôde evitar o tema devido à sua internacionalização. Alfred von Kiderlen-Waechter (o verpertino não respeita a ortografia recomendada) era um burguês enobrecido que, depois de uma vida aventurosa e universitária, dirigia a diplomacia alemã em 1911. O seu protesto tinha tido eco internacional. Vemos a seguir Kiderlen-Waechter numa foto oficiosa.
Entre as congregações alemãs em Portugal estava a da Madre do Preciosíssimo Sangue (condessa Maria Droste zu Vischering), no Porto, de uma grande família alemã.
As potências não aceitaram a ideia de Bernardino de remeter o caso para os tribunais. A Capital era optimista em excesso – o assunto só seria resolvido depois da Primeira Guerra Mundial – mas os afonsistas conseguiram controlar os estragos.